Por Gary North [1]
“Toda a alma
esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha
de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste
à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si
mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras,
mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás
louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal,
teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador
para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos,
não somente pelo castigo, mas também pela consciência. Por esta razão também
pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
Portanto,
dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a
quem temor, temor; a quem honra, honra.” (Rm 13.1-7, ACF)
O
princípio teocêntrico que sustenta esses preceitos é Deus como a suprema
autoridade: hierarquia.[2]
No topo da pirâmide do poder institucional está Deus, que delega autoridade aos
homens.
A. Autoridades Plurais
Paulo
fala de poderes superiores. A Concordância Strong definiu a palavra grega exousia
como segue: “(no sentido de habilidade); privilégio, i.e. (subj.) força,
capacidade, competência, liberdade, ou (obj.) maestria (concr. magistrado, super-humano, potentado,
símbolo de controle), influência delegada: autoridade, jurisdição, liberdade,
poder, direito, força.”[3] Isto significa, basicamente,
autoridades legítimas.
Existem mais do que uma. Não há hierarquia única nesta vida. Deus criou
jurisdições competitivas com o fim de eliminar a possibilidade de uma tirania
centralizada absoluta. “E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma
mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição
para tudo o que eles intentarem fazer. Eia, desçamos e confundamos ali a sua
língua, para que não entenda um a língua do outro. Assim o Senhor os espalhou
dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.” (Gn
11.6-8, ACF).[4]
Um governo civil nacional ou império nacional sempre tem encontrado competição:
de governos civis estrangeiros, governos civis locais, famílias, grupos
dinásticos, igrejas, associações voluntárias, e negócios.[5]
Paulo
diz aqui que autoridades legítimas merecem obediência. Ele não diz ou implica
que existe somente uma autoridade institucional legítima que deve ser
obedecida. Em sua confrontação com o sumo sacerdote, ele deixou esse ponto
claro. Mesmo sendo ele um
apóstolo e estando em posse
de autoridade legítima, ele não desafiou deliberadamente o sumo sacerdote. “Mas
o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na
boca. Então Paulo lhe disse: Deus te ferirá, parede branqueada; tu estás aqui
assentado para julgar-me conforme a lei, e contra a lei me mandas ferir? E os
que ali estavam disseram: Injurias o sumo sacerdote de Deus? E Paulo disse: Não
sabia, irmãos, que era o sumo sacerdote; porque está escrito: Não dirás mal do
príncipe do teu povo.” (At 23.2-5). Paulo honrou legítimas autoridades. Mas
quando uma autoridade pudesse
ser usada para contrabalançar outra, Paulo as
colocava em competição para ganhar sua liberdade. “E Paulo, sabendo que
uma parte era de saduceus e outra de fariseus, clamou no conselho: homens
irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; no tocante à esperança e ressurreição
dos mortos sou julgado. E, havendo dito isto, houve dissensão entre os fariseus
e saduceus; e a multidão se dividiu.” (At 23.6-7). O partido dos Saduceus, que
negava a ressurreição corporal, estava associado ao sacerdócio do templo. As palavras de Paulo aos Fariseus
imediatamente minaram o poder
de Ananias para processar
Paulo legalmente usando-se da
autoridade do sacerdócio.
Nenhum
poder é estabelecido na terra que não seja estabelecido por Deus. Neste ponto,
Paulo é claro. “Porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades
que há foram ordenadas por Deus” (v. 1). Esta frase inglês[6] - “as potestades que há” - vem ao longo dos séculos sendo
usada para descrever as supremas autoridades numa sociedade. Por consequência,
obediência a elas é biblicamente obrigatório. “Por isso quem resiste à
potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos
a condenação” (v. 2). Porque Deus estabeleceu
autoridades para governar sobre os homens, desses
é requerido, por Deus, que lhas obedeçam.
Paulo
viveu sob o governo de Nero, um tirano sob
todos os aspectos. Mesmo assim, ele escreve: “Porque os magistrados não
são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a
potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para
teu bem” (v. 4). Cristãos devem fazer boas obras, recebendo louvor dos seus
governantes. Deus tem estabelecido governantes em posições de autoridade para
serem um terror aos malfeitores. Deixe
que esses governantes devotem seus esforços para derrotar seus inimigos, não que
procurem cristãos rebeldes para perseguir legalmente.
Existem
governantes que são eles mesmos maus e aliados com homens perversos. Não obstante,
Paulo diz para obedecê-los. O
objetivo dos governantes é defender a ordem social. Todo governo tem regras. Ele
impõe padrões com suas sanções.[7]
Muitos governantes civis querem mais autoridade para si mesmos. Eles querem que as coisas andem devagar. Deus colocou na
natureza humana o desejo de viver num mundo previsível. Quanto mais próximas da
retidão as leis civis forem, maior a cooperação voluntária que os governantes
vão ganhar dos seus subordinados. Governantes não podem mandar sem que aqueles
que se subordinam cooperem voluntariamente. Se todos se recusarem a obedecer a
lei, não haverá polícia suficiente para fazê-la
valer. Esse é o
motivo pelo qual governantes punem uma figura representativa. Isso manda uma mensagem ao
público: “Se você não obedecer, e todos os demais obedecerem, nós pegaremos
você.” Mas então vem o dia em que muitas pessoas têm uma chance e
deliberadamente desobedecem a lei. Elas se recusam a cooperar com o governo
civil. Neste dia, a ilusão do estado onipotente termina.
A
igreja primitiva viveu debaixo de uma tirania civil pagã. Roma ordenava a idolatria como um
meio de estender o poder do império. Seu
sistema politeísta de governo civil buscou unidade intercultural pela
divinização do imperador. Mas os cristãos
se recusavam a oferecer sacrifícios públicos
para “o gênio do imperador”, porque entendiam
a teologia dos impérios antigos: a divinização do homem e do estado. Por esta
rebelião, eles foram intermitentemente perseguidos por cerca de três séculos.
Eles não se rebelaram pegando em
armas. Eles meramente se recusavam
a participar numa falsa
adoração. Ao longo do tempo, eles ganharam reputação por serem bons cidadãos e subordinados confiáveis. No
século quatro, eles herdaram o império Romano. Eles serviram sob tirania, e se
tornaram governantes quando essa tirania colapsou no caos da guerra civil e da
bancarrota. Desobediência não-violenta à autoridade civil neste único ponto
eventualmente deu aos
cristãos a autoridade civil.
À parte isto, eles eram obedientes. Este é um princípio bíblico de autoridade, que aquele que quer governar
deve primeiro servir. Jesus disse a seus discípulos, “Os reis dos gentios
dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados
benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o
menor; e quem governa como quem serve.” (Lc 22.25-26).[8] Mas há outro princípio de
autoridade bíblica. “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais
importa obedecer a Deus do que aos homens.” (At 5.29). Ambos os princípios
devem ser honrados. Ambos os princípios devem ser intelectualmente defendidos
pelos guardadores do pacto. Ambos devem ser honrados pelo rebanho.
B. A Legitimidade dos Governos
A
discussão de Paulo sobre autoridades institucionais segue-se após uma passagem
que desafia a vingança pessoal. “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai
lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o
Senhor” (Rm 12.19). Se a vingança pessoal é errada, então como Deus traz
vingança na história? Através do governo civil. O texto não diz que vingança é
errado. Diz que Deus possui autoridade final para impor vingança. Ele delegou a autoridade de impor
vingança física a dois
governos: civil e familiar. Pedro concordou com Paulo neste ponto:
“Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei,
como superior, quer aos
governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor
dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis
a boca à ignorância dos homens insensatos; Como livres, e não tendo a liberdade
por cobertura da malícia, mas como servos de Deus. Honrai a todos. Amai a
fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei. Vós, servos, sujeitai-vos com todo o
temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus. Porque
é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra
agravos, padecendo injustamente” (1Pe 2.13-19).
Nem
Pedro nem Paulo demandam obediência ao governo civil ao custo da obediência a
outros governos legítimos. De novo, Pedro explicitamente disse aos líderes
judeus, “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29b). Ainda que
tivessem autoridade para castigá-lo, o que fizeram (At 5.40). Ele se submeteu
ao castigo, mas não à sua ordem de parar de pregar o evangelho. Ele
desobedeceu, mas ele se submeteu às sanções por causa da sua desobediência.
Assim também fez Paulo.
A
questão é: Pedro e Paulo conscientemente agiram dentro do sistema legal romano
existente. Paulo entendia a
lei romana, e como um cidadão romano, a invocou. “Todavia Festo, querendo
comprazer aos judeus, respondendo a Paulo, disse: Queres tu subir a Jerusalém,
e ser lá perante mim julgado acerca destas coisas? Mas Paulo disse: Estou
perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum
aos judeus, como tu muito bem sabes. Se fiz algum agravo, ou cometi alguma
coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que
estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César” (At
25.9-11). Suas palavras, “não recuso morrer”, afirmaram a legitimidade do
governo civil, incluindo a pena capital. Mas, ao mesmo tempo, ele apelou para
César para escapar da jurisdição de Festo, que Paulo acreditou que estava
agindo a favor dos judeus. Isso foi consistente com sua afirmação da função
ministerial dos magistrados civis.
O
anarco-capitalista rejeita todas as formas de governo civil. Ele pode apontar
para todo tipo de taxa como uma distorção do livre mercado.[9] Ele vê o mercado como
legitimamente autônomo. Mas então vêm os problemas da violência e do pecado.
Como estes podem ser previsivelmente contidos? A resposta bíblica é governo,
incluindo governo civil. Num mundo anarco-capitalista de exércitos privados visando o lucro, o resultado é a
sociedade de senhores da
guerra. Exércitos privados militarmente bem-sucedidos vão sempre procurar por
estabelecer seu mandato monopolista matando a competição, literalmente. Governos
civis sempre reaparecem. Eles são um dos quatro sistemas de governo ordenados
por Deus: governo próprio, governo eclesiástico, governo familiar e governo
civil. Todos os quatro estão selados por um juramento. Todos os quatro envolvem
sanções.
Cristãos
não podem legitimamente adotar o programa libertário de um mundo sem governo civil. O pecado demanda governo
civil e sanções civis. O direito de governantes civis de impor punições físicas
é claramente afirmado por Paulo em Atos 25. Ele afirma em Romanos 13 a
legitimidade do governo civil entre outros governos legítimos. Ele diz que os
governantes são ordenados por Deus como seus ministros. Esta é uma linguagem
forte. Ela invoca autoridade de Deus ao lado do estado. Se Paulo está correto,
então anarco-capitalismo está errado. Não há saída para isso.
C. Crime versus a Divisão do Trabalho
A
ameaça de crime força os homens a alocar recursos econômicos escassos para a
defesa contra criminosos. O estado é a instituição primária de prevenção ao
crime. O estado impõe sanções negativas em criminosos convictos. O objetivo é
encorajar a justiça por meio do medo. “E os juízes inquirirão bem; e eis que,
sendo a testemunha falsa, que testificou falsamente contra seu irmão,
Far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e assim tirarás o mal do meio de ti.
Para que os que ficarem o ouçam e temam, e nunca mais tornem a fazer tal mal no
meio de ti. O teu olho não perdoará; vida por vida, olho por olho, dente por
dente, mão por mão, pé por pé” (Dt 19.18-21).[10] O medo aumenta o custo do comportamento criminoso. Como o
economista diz, quando o custo de algo aumenta, tudo
mais permanecendo igual, a demanda diminui.[11]
Este é o objetivo de sanções civis negativas: menos crime.
O
gasto com prevenção ao crime reduz a riqueza dos homens. Eles acreditam que
este gasto previne uma redução ainda maior de sua riqueza por culpa de
criminosos. O custo da cooperação é mais custoso para os homens quando o crime
aumenta. Suas vidas e propriedade são menos seguras. Isto faz com que maiores
precauções sejam tomadas sobre a entrada em empreendimentos cooperativos com
pessoas que eles não conhecem bem. Os custos de informação de lidar com estranhos é alto, e algumas
pessoas escolhem não assumir
esses riscos extras. Por causa do pecado, a divisão do trabalho é reduzida.
Atividades de prevenção ao crime são meios de remover risco e aumentar o nível
de cooperação. Autoridades institucionais procuram reduzir o crime pela
imposição de sanções negativas aos transgressores da lei.
Para
maximizar a divisão do trabalho num mundo de pecado, o estado deve impor
sanções negativas somente àqueles que quebram a lei, biblicamente definida.
Pela adição de leis que vão além da Bíblia, ou mesmo contra ela, governantes
civis diminuem a divisão do trabalho. Legisladores e burocratas que vão além da
Bíblia na busca de acabar com atividades ilegais tornam mais cara para as
pessoas a cooperação voluntária para estas alcançarem seus fins. Isto reduz a
divisão do trabalho. Isto por consequência reduz a riqueza das pessoas. O
estado, assim, produz a mesma condição que os criminosos produzem. A diferença é,
bons homens sentem-se justificados em defender a si mesmos contra criminosos.
Eles sentem-se muito menos justificados em defender a si mesmos contra o
estado. O estado predador pode se tornar tão grande ameaça à cooperação social
e econômica quanto a classe criminosa predadora. Em alguns casos, o próprio estado alia-se à classe criminosa.[12]
Conclusão
Paulo
fala da ilegitimidade da vingança pessoal. Ele não nega a legitimidade da
vingança em si. Ele diz que Deus restringiu a vingança aos governos civis legítimos. O poder civil é encarregado de
conter violência pessoal imprevisível, contendas familiaresδ, e guerras de gangues.
O
livre mercado não é autônomo. É uma extensão do indivíduo ou da família, ambos
os quais operam debaixo da lei civil. O livre mercado está debaixo da lei
civil. Lei civil é pactualmente superior ao livre mercado. O pacto civil
estabelece as condições para o livre mercado modelando o comportamento e
atitudes públicos. Lei civil é aplicada por governantes que são ministros de
Deus. Taxação em si não é roubo, contrariamente a alguns teóricos libertários.
Muitas formas de taxação são roubo, e todos os níveis acima do décimo com certeza são (1Sm 8.15, 17), mas não todas.
Autoridades legítimas têm direito ao
suporte econômico. Taxação suporta o estado.
Paulo
conclama os cristãos a
obedecerem autoridades legítimas. Isso pode significar desafiar uma autoridade
em nome de outra. Autoridades estão em alguma extensão em competição uma com a
outra. Não é ilegal colocar uma contra a outra, como a tática de Paulo em Atos
indica. Liberdade é, às vezes, adquirida pelo uso de uma autoridade para
reduzir o poder de outra. Paulo usou a lei romana para minar o desejo de Festo
de agradar os judeus. Ele legalmente removeu a si mesmo da jurisdição de Festo.
Um sistema legal não deve ser permissão para se tornar monolítico.
[1] NORTH, Gary. Cooperation
and Dominion: An Economic Commentary on Romans, chapter 11 (“Cooperação
e Domínio: Um Comentário Econômico em Romanos, capítulo 11”). Dallas: Point Five Press, 2012. Páginas 119 a
126. Disponível em: < http://bit.ly/ZW0TNR >. (Traduzido por Willian A. S. Souza: willianalexss@hotmail.com; e revisado por: Matheus Henrique Klem Galvez. Concluída em 24 de Dezembro de 2014.)
[2] Ray R. Sutton, That You May Prosper:
Dominion By Covenant (“Para Vocês Prosperarem: Domínio pelo Pacto”), 2ª ed. (Tyler, Texas: Institute for Christian Economics,
[1987] 1992), cp. 2. (http://bit.ly/rstymp) Gary North, Unconditional Surrender: God’s Program for
Victory (“Rendição Incondicional: O Programa de Deus para Vitória”), 5ª ed.
(Powder Springs, Georgia: American Vision, [1980] 2010), cp. 2.
[4] Gary North, Sovereignty and Dominion: An Economic
Commentary on Genesis (“Soberania e Domínio: Um Comentário Econômico em
Gênesis”) (Dallas, Georgia: Point Five
Press, [1982] 2012), cp. 19.
[5] Defensores do estado moderno
às vezes clamam jurisdição terrena final por isto: o divino direito do
governo civil – não apelam terrenamente a nada maior. Esse tipo de clamor
foi levado muito mais a serio em 1940 que no final do século XX. O maior nível
alcançado da fé Ocidental nos governos civis está agora atrás de nós. A
inevitável bancarrota dos programas de previdência compulsória de todos os
governos Ocidentais do tipo progressivo e sustentado por impostos vai eliminar
muitos dos traços que restam dessa fé antes de meados do século XXI. Sobre
esses programas estatisticamente arruinados, ver Peter G. Peterson, Gray Dawn: How the Coming Age Wave Will
Transform America— and the World (“Amanhecer Cinzento: Como a Onda da
Próxima Era Vai Transformar a América – e o Mundo”) (Times Books, 1999).
[6] N.T.: O texto é em inglês,
portanto North cita a frase em inglês. Ele discorre sobre a interpretação comum
que se faz dela em sua língua. O original é: “This
English phrase—“the powers that be”—has come down through the centuries to
describe the supreme rulers in a society.”
[7] North, Sovereignty and Dominion. (“Soberania e
Domínio”), cps. 3, 4.
[8] Gary North, Treasure and Dominion: An Economic
Commentary on Luke (“Tesouro e Domínio: Um Comentário Econômico em Lucas”),
2a ed. (Dallas, Georgia: Point
Five Press, [2000] 2012), cp. 51.
[9] Murray N. Rothbard,
Power and Market (“Poder e Mercado”)
(Auburn, Alabama: Mises Institute,
[1970] 2006). (http://bit.ly/RothbardPAM)
[10] Gary North, Inheritance and Dominion: An Economic
Commentary on Deuteronomy (“Herança e Domínio: Um Comentário Econômico em
Deuteronômio”), 2ª ed. (Dallas, Georgia: Point
Five Press, [1999] 2012), ch. 45.
[11] N.T.: Caso não tenha ficado
claro, vamos usar outras palavras: Imagine que você compre bananas e maçãs
regularmente. Se o preço da banana aumentar, e o preço da maçã permanecer o mesmo,
é normal que você compre mais maçãs e menos bananas, assumindo que não haja possibilidade de substituição entre bananas
e maçãs. O custo da banana ficou alto frente ao custo da maçã. O mesmo
vale se substituirmos a banana por “comportamento criminoso” e a maçã por
“comportamento normal”. Havendo punições, o custo de ser um criminoso é muito
alto, então as pessoas acabam por evitar esse tipo de comportamento: menos
crime.
[12] No início dos anos 70,
Alexander Solzhenitsyn, na sua história em vários volumes, The Gulag
Archipelado (“O Arquipélago Gulag”), disse que esse foi o caso por longo
tempo na União Soviética.
[13] N.T.: O sentido aqui é contenda
familiar / disputa familiar / briga familiar no sentido de um prolongado estado
de hostilidade mútua, tipicamente entre famílias e comunidades, caracterizada
por ataques violentos em resposta a injúrias anteriores.